Rio - Com a atenção do mundo voltado para o Brasil,
por conta de futuros eventos mundiais, cresce a demanda por segurança privada
no mercado de trabalho: a previsão é de que sejam criadas 300 mil vagas para
vigilantes até 2016. No Rio de Janeiro, somando a Copa do Mundo e os Jogos
Olímpicos serão contratados 60 mil profissionais, conforme o Comitê Organizador
Local (COL).
Para assegurar que não haverá
falta de mão de obra qualificada, academias de formação, registradas pelo
Ministério da Justiça e fiscalizadas pela Polícia Federal, estão sendo criadas
para formar novos profissionais.
Passo a passo para ser vigilante
Para tornar-se um vigilante, diretor do Sindicato dos Vigilantes do Município do Rio, Jomar Firmino,
orienta: É preciso tirar certidão de 1º a 4º ofício, se ele residir na Capital.
Esse documento leva cinco dias para ficar pronto. Ele pode ser obtida na Rua
Almirante Barroso 90, 2º andar. Fora do Rio, somente nos fóruns locais.
“Além disso, certidão negativa da
Justiça Militar, Justiça Eleitoral, Justiça Federal, antecedentes criminais do
Instituto Félix Pacheco e antecedentes da Polícia Federal. Tudo isso, pela
Internet”, diz Firmino.
Depois, procurar curso de
formação de vigilante registrado na portaria Lei 7.102/83 do Ministério da
Justiça. “Esse curso custa de R$ 450 a R$ 600, dependendo da academia”,
informa. No estado existem cerca de 20 academias. A carga horária mínima é de
160 horas, ou seja, em média, três semanas.
Depois de 45 a 60 dias, a
documentação é encaminhada para Polícia Federal e, então, o diploma é gerado. A
cada dois anos, é preciso fazer a reciclagem, com 30 horas de aula.
Onde se cadastrar
Vale a pena pesquisar as empresas
de vigilância na Internet para encontrar as oportunidades. O site do Sindicato
dos Vigilantes do Município do Rio (www.sindvig.org.br) conta com vários links
úteis para ajudar na certificação do candidato.
É possível buscar, também, por
mais informações no endereço eletrônico do Sindicato das Empresas de Segurança
Privada do Estado: www.sindesp-rj.com.br.
Curso obrigatório e bom perfil psicológico
Com a crescente demanda de
eventos internacionais ocorrendo no Rio e com a expectativa de haver
contratações até os Jogos Olímpicos, a procura por vigilantes cresce em média
20% ao ano, segundo Frederico Crim Câmara, do Sindesp-RJ. Para suprir essas
vagas, é preciso entender qual tipo de profissional as empresas querem
contratar.
Segundo Diógenes Lucca, diretor
da Facility Segurança, o vigilante adequado é aquele que, além do curso
obrigatório, apresenta bom perfil psicológico.
“Ou seja, é uma pessoa controlada,
racional e dinâmica. Exige-se apenas cursos extras para segurança pessoal ou
escolta armada.”
Conheça o mercado de trabalho da segurança privada
Público x privado
Há uma diferença básica entre o
profissional de segurança pública e privada. Alex de Oliveira, segurança
pessoal da Leman Belfort, explica que o primeiro tem preparo para o confronto
direto, enquanto o segundo está pronto para administrar conflitos e riscos.
“Muitos mantêm essa imagem do segurança durão. Assim deve ser a postura do
vigilante”, destaca.
Rotina
De acordo com o presidente do
Sindesp-RJ, Frederico Crim Câmara, o turno de trabalho do vigilante é: 12 horas
de trabalho por 36 de descanso. “Pode até surgir a oportunidade um outro
emprego ou até trabalhar com dias extras na própria empresa”, detalha. Além
dessa rotina, é possível atuar também de segunda a sexta-feira, com oito horas
diárias. “Algumas empresas também trabalham nos finais de semana”, avisa.
Caminhos
O vigilante pode atuar de
diversas maneiras, como lista o sócio diretor da empresa de segurança privada
Leman Belfort, Manoel dos Anjos Almeida: segurança pessoal (com
personalidades); escolta; segurança bancário (perceber o movimento da porta
giratória e vigiar todo o ambiente); vigilante de central de monitoramento; e
vigilante em shopping center.
Tecnologia
Almeida aponta um horizonte da
profissão: “A tecnologia tem sido uma ferramenta de grande valia. Com ela, é
possível monitorar sem se envolver fisicamente. Como observação é parte vital
do trabalho, a tecnologia é grande ajuda”, diz.
fonte: Pablo Vallejos – Jornal o Dia – 07/07/2012 e http://www.sindvig.org.br/index2.php?tipo=1&flag=home&id=29
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